Cusco se transforma em uma grande celebração durante todo o mês de junho. Declarado como o Mês Jubilar, é o período em que a cidade presta homenagem à sua história, fé e identidade cultural. Desde oferendas à Pachamama até a majestosa representação do Inti Raymi, cada dia é repleto de rituais, desfiles, música, danças e fervor popular.
Se você está planejando viajar para Cusco, junho é o momento ideal para vivenciar a cultura viva dos Andes. A seguir, apresentamos o cronograma completo e atualizado das principais festividades e eventos do mês jubilar cusquenho.
1º a 30 de junho – Hasteamento de bandeiras na cidade
Durante todo o mês de junho, Cusco exibe sua bandeira multicolorida em casas, varandas, praças e avenidas. É um gesto de identidade e respeito pela cidade. Além disso, incentiva-se a pintura das fachadas para mostrar uma cidade limpa, colorida e acolhedora para os visitantes.
1º de junho – Oferenda à Pachamama
O mês começa com uma cerimônia ancestral de agradecimento à Mãe Terra. Autoridades, comunidades locais e turistas se reúnem na Plaza de Armas para oferecer folhas de coca, chicha e alimentos, pedindo bênçãos para as festas que estão por vir. Um ritual cheio de respeito, energia e espiritualidade.
8 de junho (Segundo domingo) – Renovação da ponte Q’eswachaka
Na província de Canas, comunidades locais renovam manualmente uma ponte inca feita de ichu (palha andina) sobre o rio Apurímac. Durante quatro dias, homens e mulheres trabalham juntos na construção da ponte, acompanhados por danças, cantos e rituais. Essa tradição milenar foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
9 a 20 de junho – Desfile de danças típicas de Cusco
Durante quase duas semanas, instituições educacionais de todos os níveis enchem as ruas com danças tradicionais, trajes típicos e coreografias impressionantes:
- 9 de junho: Desfile da Universidade Andina de Cusco
- 10 de junho: Participação da Universidade Nacional San Antonio Abad de Cusco
- 19 de junho: Desfile de alegorias culturais da Escola de Belas Artes
Cada desfile é uma exibição de arte, identidade regional e orgulho estudantil.
9 a 18 de junho – Qoyllur Rit’i (Datas estimadas)
Nas alturas do glaciar Sinakara, realiza-se a peregrinação ao Senhor de Qoyllur Rit’i, ou “Festa da Estrela de Neve”. Milhares de devotos e dançarinos, junto com os míticos Ukukus (guardas da montanha), participam de rituais de fé, sacrifício e conexão espiritual com os Apus. O evento combina elementos cristãos e ancestrais e chega a temperaturas de até -4 °C.
18 de junho – Noite de luzes e som
Uma noite inesquecível na Plaza de Armas. Fogos de artifício, projeções visuais e música tradicional iluminam o céu de Cusco em um espetáculo gratuito que reúne milhares de pessoas. Ideal para curtir em família ou com amigos.
19 de junho – Corpus Christi de Cusco
Considerada uma das celebrações religiosas mais importantes do Peru. As 15 imagens de santos e virgens de diferentes bairros são levadas à Catedral de Cusco. A grande procissão na Plaza de Armas, com bandas musicais e milhares de devotos, cria uma atmosfera de profunda fé e tradição. As imagens permanecem uma semana na catedral e retornam às suas paróquias no dia 26 de junho, em outra procissão conhecida como “a oitava”.
22 de junho – Desfile Cívico em homenagem a Cusco
Milhares de cidadãos, delegações das 13 províncias de Cusco e organizações sociais participam deste desfile que celebra a história, diversidade e força do povo cusquenho. Um evento cheio de música, cor e orgulho regional.
24 de junho – Inti Raymi (Festa do Sol)
O evento mais esperado do mês. O Inti Raymi é uma cerimônia inca em homenagem ao deus Sol, realizada em três cenários: o Qoricancha, a Plaza de Armas e a fortaleza de Sacsayhuamán. Mais de 700 atores revivem este antigo ritual com trajes típicos, danças sagradas e uma mensagem espiritual do Inca. Declarado de interesse turístico, o Inti Raymi atrai milhares de pessoas de todo o mundo.
Viva junho em Cusco: uma experiência inesquecível
Cusco em junho é mais que um destino turístico; é uma viagem ao coração do mundo andino. Cada festa é uma lição viva de história, um espetáculo para os sentidos e uma oportunidade de reconexão com o essencial.
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